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8 de Março: o papel dos sindicatos na construção de um ambiente de trabalho mais justo para as mulheres

O Dia Internacional das Mulheres, celebrado em 8 de março, não é apenas uma data para homenagens e celebrações. Sua origem está enraizada na luta por direitos, igualdade e melhores condições de trabalho para as mulheres ao longo da história. Neste contexto, os sindicatos desempenham um papel fundamental na promoção de um ambiente mais acolhedor, inclusivo e igualitário para as trabalhadoras, combatendo desigualdades estruturais que ainda persistem em diversas categorias profissionais.


A origem da luta das mulheres


A história do 8 de março remonta ao início do século XX, período marcado por intensas mobilizações femininas em busca de melhores condições de trabalho. Um dos marcos dessa luta ocorreu em 1911, quando um incêndio na fábrica Triangle Shirtwaist, em Nova York, vitimou mais de 140 mulheres, evidenciando a precarização das condições laborais enfrentadas por trabalhadoras na época.


Antes disso, greves e manifestações já ocorriam em diferentes partes do mundo. Em 1908, cerca de 15 mil mulheres marcharam pelas ruas de Nova York exigindo jornada de trabalho reduzida, salários justos e direito ao voto. O movimento ganhou força internacionalmente, sendo oficializado em 1910 durante a Conferência Internacional das Mulheres Socialistas, na Dinamarca.


No Brasil, as mulheres enfrentaram desafios semelhantes ao longo das décadas. Foram pioneiras na luta por direitos trabalhistas, conquistando avanços como a licença-maternidade, a proibição do trabalho infantil e a regulamentação da jornada de trabalho. No entanto, apesar dos progressos, a desigualdade de gênero ainda se manifesta em diversas formas dentro do mercado de trabalho.


Os desafios atuais das mulheres no mercado de trabalho


Mesmo com avanços conquistados, as trabalhadoras continuam enfrentando barreiras significativas. A desigualdade salarial entre homens e mulheres ainda é uma realidade em diversos setores, assim como o assédio moral e sexual, a sobrecarga de tarefas e a dificuldade de ascensão a cargos de liderança.


Dados recentes apontam que as mulheres recebem, em média, 20% a menos que os homens para desempenhar funções similares. Além disso, a dupla jornada – a necessidade de conciliar o trabalho remunerado com as responsabilidades domésticas – continua sendo um grande desafio.


Outro obstáculo enfrentado por trabalhadoras de diversas categorias é a precarização do trabalho. A informalidade, a terceirização e a falta de proteção social afetam diretamente as mulheres, tornando-as mais vulneráveis a demissões, baixos salários e falta de benefícios.


O papel dos sindicatos na luta por um ambiente mais justo


Os sindicatos desempenham um papel essencial na promoção da igualdade de gênero dentro do ambiente de trabalho. Por meio da negociação coletiva, têm garantido direitos fundamentais, como licença-maternidade, creches nas empresas, combate ao assédio e paridade salarial.


Além das conquistas em acordos coletivos, os sindicatos são espaços de acolhimento e apoio para trabalhadoras que enfrentam situações de assédio ou discriminação. As entidades sindicais também promovem campanhas de conscientização, formação política e debates sobre temas que impactam diretamente a vida das mulheres no mercado de trabalho.


Nos últimos anos, iniciativas sindicais têm avançado em pautas fundamentais, como o combate ao assédio moral e sexual, a ampliação da participação feminina nos espaços de liderança sindical e a luta contra a reforma trabalhista, que precarizou ainda mais as condições de trabalho para muitas mulheres.


Uma reflexão para o futuro


O Dia Internacional das Mulheres deve ser um momento de reflexão sobre as conquistas obtidas, mas também sobre os desafios que ainda precisam ser superados. A luta por equidade de gênero no trabalho não é apenas das mulheres, mas de toda a sociedade.


Os sindicatos continuam sendo instrumentos de transformação e resistência, buscando garantir que nenhuma trabalhadora seja vítima de injustiça, assédio ou discriminação. Cabe a cada um de nós apoiar essa luta, fortalecer as entidades sindicais e exigir que políticas públicas e iniciativas do setor privado avancem na construção de um ambiente verdadeiramente inclusivo e igualitário para todas as mulheres.


Fortaleça seu sindicato!

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