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FITIASP participa da Marcha das Margaridas

Realizada nos dias 15 e 16 de agosto, a Marcha das Margaridas 2023 reuniu mulheres de várias partes do país que buscam, por meio de um protesto pacífico, um caminho coletivo de construção de um projeto de sociedade que propoe um Brasil sem violencia, onde a democracia e a soberania popular sejam respeitadas, a partir de relações justas e gualitarias.


Na edição deste ano, marcando presença em apoio a este importante evento, a FITIASP enviou as companheiras Elaine (FITIASP), Andrelina (STIA Sorocaba/SP), Rute (STIA Sorocaba/SP) e Roberta (STIA Boituva/SP).


"A gente vive uma sociedade que foi, desde sua fundação, construída para o bem-estar e dominância dos homens, isso é bem claro quando olhamos para a Câmara dos Deputados, para o Senado ou para qualquer posição em que o poder seja exercido, as mulheres são minoria, e, sendo a minoria, é claro que nossa voz será menos ouvida. A Marcha das Margaridas também vem para lembrar a sociedade que estamos conquistando o nosso espaço, nós não vamos nos calar diante das injustiças e desigualdades" Elaine (Dirigente FITIASP)

Como acontece?

Realizada a partir do ano 2000, com edições também em 2003, 2007, 2011, 2015, 2019 e 2023, a Marcha tem revelado grande capacidade de mobilização e organização de mulheres de todo país. Seu caráter formativo, de denúncia e pressão, e também de proposição, diálogo e negociação política como Estado, tornou-se amplamente reconhecida como a maior e mais efetiva ação das mulheres no Brasil.


Em cada uma de suas ediçóes, a Marcha das Margaridas realiza um amplo processo de construção de sua plataforma política através de reuniões com a Coordenação Ampliada da Marcha - responsável por debater nos movimentos parceiros, nas Federações, sindicatos e comunidades rurais os pontos que integram sua plataforma politica, assim como também promove ações de formação politica com mulheres lideranças rurais queirão replicar tais formações também em suas bases.


Realizada sempre em agosto para re-vivificar o mês em que Margarida Alves foi assassinada, a Marcha das Margaridas coloca milhares de mulheres do campo, da floresta e das águas vindas de todo o Brasil em marcha nas avenidas de Brasilia, no Distrito Federal.


PAUTAS – Uma das missões da Marcha das Margaridas é apresentar pautas ao poder público, na região central da capital federal, onde se concentram as discussões políticas sobre os desafios da população brasileira.


Neste ano, a Marcha das Margaridas foi às ruas com 12 eixos políticos:


  • Democracia participativa e soberania popular

  • Poder e participação política das mulheres

  • Autodeterminação dos povos, com soberania alimentar, hídrica e energética

  • Democratização do acesso à terra e garantia dos direitos territoriais e dos maretórios

  • Vida saudável com agroecologia e segurança alimentar e nutricional

  • Direito de acesso e uso da biodiversidade, defesa dos bens comuns e proteção da natureza com justiça ambiental e climática

  • Autonomia econômica, inclusão produtiva, trabalho e renda

  • Educação pública não sexista e antirracista e direito à educação do e no campo

  • Saúde, previdência e assistência social pública, universal e solidária

  • Universalização do acesso à internet e inclusão digital

  • Vida livre de todas as formas de violência, sem racismo e sem sexismo

  • Autonomia e liberdade das mulheres sobre o seu corpo e a sua sexualidade

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